A HISTÓRIA EM DATAS


O Ensino no Estado Novo:

Sala de aula com as paredes cobertas de cartazes ("A Lição de Salazar").


Rapazes e raparigas frequentavam escolas diferentes, não existiam turmas mistas.
As carteiras eram de madeira pegadas com os bancos pegados. Os alunos usavam sacos de serapilheira para transportar o material escolar e alguma merenda se tivessem posses. Na cantina da escola ao almoço só davam a sopa e o pão.
A primeira coisa que faziam quando entravam na sala de aula era cantar o hino nacional. Todas as salas de aula tinham obrigatoriamente na parede três símbolos alinhados: uma fotografia de Salazar, outra do Presidente Carmona (símbolos de afirmação autoritária e nacionalista) e um crucifixo (o ensino era revestido de uma orientação cristã, ao abrigo de uma Concordata entre o Estado e a Igreja).
Os alunos tinham que usar uma bata com um n.º de identificação.
Na escola incutia-se a ordem, o respeito e a disciplina.
Muitas raparigas não iam à escola, porque os pais achavam que não era preciso elas saberem ler e escrever. Elas só precisavam aprender a cuidar da casa, para se tornarem boas esposas e saber cuidar e educar os filhos. Na província a maioria das raparigas não iam à escola porque tinham de trabalhar no campo e cuidar dos irmãos mais novos. O horário da escola na província era de manhã para as raparigas e a tarde era para os rapazes. Os manuais escolares da escola primária mantiveram-se iguais durante décadas.

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