A HISTÓRIA EM DATAS


    Há 49 anos, no dia 13 de fevereiro, Humberto Delgado - o "General Sem Medo" - era assassinado pela Pide.

 António Rosa Casaco chefiou a brigada da PIDE que assassinou o general Humberto Delgado, perto de Badajoz. Fugido do país depois do 25 de Abril, foi julgado à revelia e condenado a oito anos de prisão, sendo ainda hoje procurado pelas autoridades portuguesas e pela Interpol. À beira de completar 83 anos, o ex-inspector da polícia política, vive no Brasil sob falsa identidade. A cilada fatal foi montada pela PIDE, o assassino foi Casimiro Monteiro. A «Operação Outono» - nome de código da armadilha montada contra Humberto Delgado - começou a ser delineada  «na sequência da tentativa de assalto ao quartel de Beja. Realizado no primeiro dia de 1962, o golpe de Beja estava concebido para ser liderado pelo «general sem medo», que conseguira iludir a vigilância da polícia e entrara em território nacional disfarçado com um bigode postiço. O assalto frustrou-se, Delgado escapou-se, mas o estado-maior da PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) resolveu que, para grandes males, grandes remédios: Perto de Badajoz, Rosa Casaco - que se passava por um coronel que Ernesto Lopes prometera trazer de Lisboa - saiu do carro e dirigiu-se ao encontro do general que aí tinha sido atraído. Mais lesto, Casimiro Monteiro, que já estava fora do veículo, tomou a dianteira e, ao aproximar-se de Delgado, empunhou uma pistola e disparou sobre o general. O revólver, de fabrico francês, de modelo «Unique», estava munido de um silenciador e não fazia parte do armamento distribuído ao pessoal da PIDE, de marca «Walther». Atingido na cabeça, Humberto Delgado teve morte imediata.



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