A HISTÓRIA EM DATAS



 A Revolução de 25 de Abril, conhecida como Revolução dos cravos, refere-se a um movimento social, ocorrido a 25 de abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de abril de 1976.
Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS .
O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado.

Na madrugada do dia 24 para 25 de abril, Salgueiro Maia proferiu as seguintes palavras: «há diversas modalidades de estados: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui». Os 240 homens que escutaram as palavras proferidas, de forma firme, por Maia rapidamente formaram à sua frente: «a adesão do meu pessoal (…) foi total, ao ponto de ter de excluir gente, para ficar alguém nas instalações».

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